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Com baixo índice de desemprego, MS apresenta alta taxa de rotatividade no setor de restaurantes

Segundo estudo de Associação nacional, aumento do índice de rotatividade de profissionais está relacionado aos índices de desemprego.

A ANR (Associação Nacional de Restaurantes) divulgou nesta quarta-feira (18) um estudo que revela uma taxa de rotatividade de funcionários no setor de restaurantes de 74,3% no primeiro semestre deste ano.

O levantamento foi realizado com base em dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) e do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego).

Apesar do número ser elevado, ele representa uma leve redução em comparação ao final de 2023, quando a taxa de rotatividade era de 77,6%. Ainda assim, o índice permanece mais que o dobro da média do setor de serviços, que registrou 35% no mesmo período.

Conforme a ANR, essa alta rotatividade no setor de restaurantes está relacionada à falta de qualificação profissional e à baixa produtividade dos trabalhadores, problemas que afetam principalmente os jovens, que compõem uma parcela significativa da força de trabalho nesse segmento.Quanto menor a taxa de desemprego, maior a taxa de rotatividade

No contexto mais amplo, a queda da taxa de desemprego no Brasil, que passou de 7,4% no último trimestre de 2023 para 6,9% no segundo trimestre de 2024, tem contribuído para o aumento da rotatividade em diversos setores, incluindo o de serviços.

Esse fenômeno reflete uma economia em expansão, com mais oportunidades de emprego, mas também uma maior escassez de mão de obra qualificada. Nessa situação, é comum que os trabalhadores busquem novas posições que ofereçam melhores salários ou benefícios mais atrativos.

Estados como Santa Catarina, que registrou a menor taxa de desemprego do país no segundo trimestre de 2024 (3,2%), também apresentaram as maiores taxas de rotatividade no setor de restaurantes, liderando com 95,3%. Em seguida, aparecem Mato Grosso do Sul com 93,7%, PR (Paraná) com 93,3% e Mato Grosso com 92,3%.

Por outro lado, estados com taxas de desemprego mais elevadas tendem a apresentar rotatividade menor. Em regiões com desemprego abaixo de 6%, os empregadores enfrentam desafios como a retenção de talentos, aumento de custos com folha de pagamento e a necessidade de investir em tecnologia e automação para compensar a falta de mão de obra disponível.

“O estudo reforça a necessidade de os empresários do segmento estarem atentos às mudanças no mercado de trabalho e adotarem estratégias eficazes para a retenção de colaboradores em um cenário de crescente competitividade e escassez de profissionais”, explica Fernando Blower, diretor-executivo da ANR (Associação Nacional dos Restaurantes).

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